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O projecto
A divulgação permanente da criação musical portuguesa é objectivo cultural comum à genética dos três agrupamentos fundadores de Musicamera - Opus Ensemble, Duo Contracello e Quarteto Lopes-Graça.
Torna-se cada vez mais importante a continuação desse esforço, que, nomeadamente através do Opus Ensemble, tem levado a música de câmara portuguesa aos quatro cantos do mundo.
Privilegiar a matriz autoral portuguesa é a tomada de consciência de que, no mundo contemporâneo, a marca identitária de um povo, mormente na Europa / Nação, se define, antes de mais, pelas suas valências culturais, que prevalecem sobre as geográficas e económicas, abrindo caminho ao seu pleno desenvolvimento e diferenciação. Não é por acaso que encontramos as indústrias da cultura entre as cinco mais produtivas dos países desenvolvidos.
Consideramos ainda não haver nenhum motivo endógeno para o pouco interesse que a opinião pública do país manifesta pela sua criação musical “erudita”.
Essa tendência não é verificável em outras áreas afins, como o Teatro e a Dança, actividades que conseguiram encontrar o seu lugar regular na programação e na preferência do público.
É nosso entender que a razão profunda deste distanciamento se deve procurar na incapacidade que a música tem manifestado em se promover e adquirir “fluência discursiva” e visibilidade mediática, visando aproximar-se do grande público para, desse modo, atingir níveis de consumo equivalentes aos que gozam actualmente outros géneros musicais nacionais (o fado, algum jazz, o rock português e outras expressões urbanas).
Para isso há duas condições essenciais: um investimento sério dos artistas - tanto criadores como performativos - e uma alavanca do Estado, que permita contrariar a timidez de muitos programadores e agentes culturais. Foi essa a atitude do Ministério da Cultura (Direcção Geral das Artes), que nos permitiu chegar onde agora estamos.
Acreditamos serem os agrupamentos de câmara veículos fundamentais na realização deste trabalho, em permanente diálogo com outras expressões artísticas e com a versatilidade e a economia de recursos que lhe são apanágio.
Informação detalhada:
FESTIVAL CRIASONS - Tendências da Música de Câmara Portuguesa Contemporânea
OPUS ENSEMBLE
DUO CONTRACELLO
QUARTETO LOPES-GRAÇA
Sérgio AZEVEDO [Coimbra,1968]
Concertino de Câmara (2010)
Obra dedicada ao Opus Ensemble
Estreia Mundial no Festival CRIASONS
1. Deciso (Ana Bela)
2. Mesto (Bruno)
3. Intermezzo gravíssimo (Alex)
4. Valsa (Olga)
5. Finale (Pedro)
Jorge COSTA PINTO [Lisboa, 1932]
6. Bi-tone Scherzo, op. 106 (2010)
Obra dedicada ao Opus Ensemble
Estreia Mundial no Festival CRIASONS
Anne VICTORINO D’ALMEIDA [Poissy, França, 1978]
Quarteto da Serra D’Arga (2010)
Obra dedicada ao Quarteto Lopes-Graça
Estreia Mundial no Festival CRIASONS
7. Andante
8. Scherzo – Tarantella
9. Moderato tranquillo
10. Vivace e Fuga
Jorge COSTA PINTO [Lisboa, 1932]
Quarteto de Cordas op. 104, nº 1, Fado Luso (2009)
Obra dedicada ao Quarteto Lopes-Graça
Estreia Mundial no Festival CRIASONS
11. Andante
12. Allegro
Amílcar VASQUES-DIAS [Badim, 1945]
13. Prelúdio à Sesta das Cigarras (2010)
Obra dedicada ao Quarteto Lopes-Graça
Estreia Mundial no Festival CRIASONS
Alexandre DELGADO [Lisboa, 1965]
Burlesca (1991/2)
Obra gravada pelo Duo Contracello em 1996, integrada no cd Num 1055
14. Animato
15. Presto
16. Poco meno presto
Ref.: NUM 1218
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