Paulo Guerreiro - trompa
Franscisco Sassetti - piano
Foi apresentado no Palácio Foz, no passado dia19 de Maio 2010, o CD Brumas com a soprano Ângela Silva, o trompista Paulo Guerreiro e o pianista Francisco Sassetti,
Esta nova edição Numérica reune obras de Eurico Carrapatoso, António Rebello Neves, João Francisco Nascimento, Vasco Pearce de Azevedo e António Victorino D´Almeida.
Eurico Carrapatoso harmoniza 7 melodias populares Açorianas, António Rebello Neves compôs sobre letras de António Botto, Bernando Passos, João Roiz Castel-Branco e Schiappa Roby, João Francisco Nascimento harmonizou 2 melodias populares de Mértola e Vasco Pearce de Azevedo compôs sobre uma melodia popular da Beira-Baixa e uma de São Miguel (Açores). António Victorino D’Almeida compôs 4 canções sobre textos de José Carlos Gonzalez.
Informação detalhada:
Eurico (1962)
Melodias em forma de bruma:
(melodias populares dos Açores)
1. Olhos negros (Terceira) (sop+cor+pn) 03’40’’
2. Bravo (Terceira) (pn+cor) 02’32’’
3. Líria (Terceira) (sop+cor+pn) 02’31’’
4. Balho micaelense (S. Miguel) (sop+cor+pn) 01’19’’
5. Ó meu bem (Terceira) (sop+cor+pn) 03’29’’
6. Sericotão (Graciosa) (pn+cor) 01’07’’
7. Choradinha (Graciosa) (sop+cor+pn) 02’52’’
António Rebello Neves (1874-1957)
8. Ecos da Serra (Bernardo Passos) (sop+pn) 01’58’’
11. Embalando um coração (Bernardo Passos) (sop+pn) 02’48’’
12. À luz dos olhos teus (Schiappa Roby) (sop+pn) 02’11’’
João Francisco Nascimento (1957)
(melodia popular de Mértola - Baixo Alentejo)
Vasco Pearce de Azevedo (1961)
(melodia popular da Beira Baixa)
16. Bela Aurora (sop+cor+pn) 02’40’’
António Victorino D´Almeida (1940)
Três canções op 91 sobre textos
18. Uma longa despedida (sop+cor+pn) 01’54’’
19. O malabarista (sop+cor+pn) 02’14’’
20. Vocalizo (sop+cor+pn) 02’34’’
Eurico Carrapatoso
Eurico Carrapatoso nasceu em 1962 e é natural do distrito de Bragança.
Foi assistente de História Económica e Social na Universidade Portucalense.
Leccionou na área da composição em várias instituições, nomeadamente na Escola Superior de Música de Lisboa e na Academia Nacional Superior de Orquestra. É desde 1989 professor de Composição na Academia de Amadores de Música e no Conservatório Nacional, sendo professor do quadro desta última instituição. Recebe regularmente encomendas das principais instituições culturais portuguesas e a sua música tem vindo a ser executada, editada e difundida desde 1987 não apenas na Europa bem como nos restantes continentes.
Ganhou as primeiras edições do Prémio de Composição Lopes Graça da Cidade de Tomar e do Prémio Francisco de Lacerda.
A sua música representou três vezes Portugal na Tribuna Internacional de Compositores da UNESCO, realizadas em Paris em 1998, 1999 e 2006, com “Cinco melodias em forma de Montemel” (para soprano, trompa e piano), “Deploração sobre a morte de Jorge Peixinho” (para grande orquestra) e “O meu poemário infantil” (para tenor e orquestra)
Em Maio de 2001 foi distinguido pela Sociedade Histórica da Independência de Portugal com o Prémio da Identidade Nacional.
Foi condecorado pelo Presidente da República com a Comenda da Ordem do Infante Dom Henrique em 10 de Junho de 2004.
Sete melodias em forma de bruma (melodias trradicionais dos Açores)
Esta obra resulta de uma encomenda da Direcção Regional de Cultura dos Açores.
O tom geral é melancólico, fazendo lembrar as brumas misteriosas daquele mágico arquipélago. Mas tem azuis e verdes também.
E é mais um passo na caminhada de auto descoberta, ancorada firmemente na identidade portuguesa, em direcção ao meu próprio graal musical.
Eurico Carrapatoso, Dez, 2009
Rebello Neves
Rebello Neves (1874-1957) - Nasceu em Tavira e faleceu em Faro, onde viveu a maior parte da sua vida. Compôs canções para canto e piano sobre versos de poetas portugueses, em especial algarvios. Além de compositor, foi pianista e maestro, dirigindo orfeões de liceus e orquestras do Algarve.
Ângela Silva, Jan, 2010
Cinco Canções Portuguesas
Estas cinco canções do meu bisavô António Maria Rebelo Neves (“Ecos da Serra”, “Partindo-se”, “Cantiga de Embalar”, “Embalando um Coração”, e “À Luz dos Olhos Teus”) são todas retiradas de uma compilação publicada em Maio de 1946 pela Junta de Província do Algarve. A edição em causa, levada a cabo por iniciativa do seu presidente Dr. José Correia do Nascimento, surgiu na sequência de uma deliberação tomada em Dezembro de 1944 pela Câmara Municipal de Faro que, sensibilizada com as homenagens que os antigos alunos e cidadãos farenses prestavam ao maestro Rebelo Neves, decidiu criar pela primeira vez a «Medalha da Cidade» para assim galardoar as pessoas que pelos seus serviços prestados ao município merecessem a honra de ser distinguidos e relembrados para sempre. A primeira figura para a qual foi criada a própria medalha, foi precisamente o maestro Rebelo Neves.
Vasco Pearce de Azevedo – Fevereiro de 2010
João Francisco Nascimento
Compositor português João Francisco Nascimento (n. 1957) é licenciado em Educação Física pela Universidade Técnica de Lisboa em 1984. Ensinou em várias instituições
Desde 2003 que lecciona Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Regional de Évora e Análise Musical no Instituto Superior de Estudos Interculturais e Transdisciplinares (Instituto Piaget - Almada). As suas obras têm sido tocadas por vários agrupamentos e orquestras em Portugal.
Nossa Senhora das Neves
“Nossa Senhores das Neves” é um canto alentejano, da região de Mértola, referido no livro “Momentos Vocais do Baixo Alentejo” de João Ranita da Nazaré.
Ilhas, 8 de Dezembro de 2009
Gabriela
Gabriela era uma rapariga, muito jovem, que há muitos anos costumava apanhar o comboio na linha do Estoril. De pele morena, cabelos longos e ondulados o seu sorriso era tão contagiante que fazia sorrir o velho eremita que disfarçadamente
Ilhas, 8 de Dezembro de 2009
Vasco Pearce de Azevedo
Iniciou os seus estudos musicais aos 4 anos na Academia dos Amadores de Música. Interessa-se pela direcção desde a sua entrada para o Coro da Universidade de Lisboa, em 1981, onde desempenhou as funções de ensaiador de naipe. Frequentou vários cursos de direcção de orquestra e de direcção coral em Portugal, Espanha, França e Bélgica, tendo trabalhado com Jean-Sébastien Béreau, Ernst Schelle, Jenö Rehak e Octav Calleya (direcção de orquestra) e ainda com Erwin List, Josep Prats, Edgar Saramago e José Robert (direcção coral).
É licenciado em Engenharia Electrotécnica pelo Instituto Superior Técnico, local onde foi também assistente entre 1985 e 1992, tendo leccionado as disciplinas de Álgebra e Análise Matemática. Foi membro do Coro Gulbenkian.
Terminou em Junho de 1995, na qualidade de bolseiro da Comissão Fulbright e da Fundação Calouste Gulbenkian, o mestrado em direcção de orquestra e coro no College-Conservatory of Music da Universidade de Cincinnati (EUA), estudando com Gerhard Samuel e Christopher Zimmermann (direcção de orquestra) e ainda com Elmer Thomas, John Leman e Earl Rivers (direcção coral). Foi Bolseiro da Universidade de Cincinnati (Graduate Scholarship) entre 1992 e 1995 e Bolseiro da Secretaria de Estado da Cultura (1994–95). Conquista em 1997 o 3º Prémio no IIIº Concurso Internacional Maestro Pedro de Freitas Branco, e em 1996, uma Menção Honrosa no II° Concurso Internacional Fundação Oriente para Jovens Chefes de Orquestra.
Bela Aurora (melodia tradicional açoriana)
Harmonização da melodia com o mesmo título, originária da Ilha de S. Miguel. A melodia, de carácter melancólico, é reproduzida pelo Soprano practicamente sem alterações, enquanto a Trompa assume um papel complementar apresentando material que funciona em contraponto com a Voz. Em cada uma das 3 estrofes é usada uma harmonização diferente da melodia: a 1ª estrofe é escrita em tom menor diatónico; a 2ª estrofe também é em tom menor mas com elementos cromáticos – é a versão mais densa das 3 harmonizações (é também a única onde a melodia sofre pequenas alterações por forma a realçar o lamento descrito no texto); a 3ª estrofe, escrita no relativo maior com alguns cromatismos (que começam por criar ambiguidades por comparação com as 2 harmonizações anteriores), é a mais luminosa das 3.
Salvaterra me desterra (melodia tradicional da Beira Baixa)
A primeira versão de “Salvaterra me desterra” foi composta em Julho de 1988, quando a Maria Ana Lourenço me pediu para lhe escrever uma harmonização para Contralto e Piano de uma melodia popular portuguesa, pois necessitava de levar uma peça de um compositor português ao Curso Internacional de Canto de Cervera (Espanha) que iria ter lugar em Agosto desse ano. Na altura escrevi uma harmonização num estilo que emprega a melodia no seu estado puro na linha vocal enquanto que o piano realiza um acompanhamento numa linguagem próxima dos compositores portugueses do início do Século XX. Em Julho de 1989 decidi adaptar o acompanhamento de piano para coro a 5 partes (SMzATB) mantendo a melodia numa voz solista (que pode ser de Contralto ou de Barítono). Esta harmonização existe ainda numa terceira versão, para Viola e Orquestra de Cordas, sendo a realização orquestral baseada na versão coral.
Vasco Pearce de Azevedo – Dezembro de 2009
António Victorino D’Almeida
António Victorino D’Almeida nasceu em Lisboa, em 21 de Maio de 1940. Aluno de Campos Coelho, finalizou o Curso Superior de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa com 19 valores, após o que seguiu para Viena, onde se diplomou em Composição com a mais alta classificação conferida pela Escola Superior de Música daquela cidade (hoje Faculdade da Música), tendo sido aí aluno de Karl Schiske.
Existem neste momento no mercado português nove CD’s da editora Numérica integralmente preenchidos com a sua música, dos quais destacamos os mais recentes “Sinfonia Nº2 | Concertino”, “Sinfonia Nº 3 | Sinfonia Nº 4”, Dinis e Isabel e outras Obras de Música de Câmara” e “Música Sacra”, além de outros CD’s, nomeadamente do Opus Ensemble, que englobam obras de sua autoria.
Três canções op 91 sobre textos de José Carlos Gonzalez e Vocalizo
José Carlos González figura, em meu entender, entre os grandes poetas da sua geração, fazendo parte do celebrado grupo do café Gelo, que tanta relevância teve no movimento surrealista em Portugal.
Como se notará, eu procuro ser coerente na ideia de que não existem instrumentos mais importantes do que outros,
tudo dependendo do momento exacto em que intervêm e se joga com as suas características - pelo que nunca abro de modo algum uma excepção para a voz.
Isto também exclui por completo a ideia - para mim, altamente redutora - do chamado acompanhamento: na música que eu faço, ninguém acompanha ninguém, pelo que todos podem ser solistas, nesta ou naquela passagem… Por isso, ao escrever para voz, piano e trompa, posso também estar escrever para trompa, piano e voz - ou piano, voz e trompa… -, não havendo propriamente nenhum elemento que se sobreponha por natureza aos outros.
Há, sem dúvida, instrumentos que já são em si mesmos mais ou menos discretos do que outros, mas isso é uma mera questão de carácter…
E o facto de a voz pronunciar as palavras, não significa, a meu ver, que os outros instrumentos também não estejam a interpretar o sentido do texto.
Aliás, o Vocalizo foi igualmente composto sobre um texto de José Carlos González, cujo sentido está na própria música, pelo me lembro perfeitamente de lhe ter comunicado que, naquele caso específico, iria prescindir das suas palavras.
Como surrealista convicto, ele concordou imediatamente, considerando ainda que competia ao ouvinte imaginar essas palavras e as ideias que elas transmitiam, sem se deixar influenciar pela sua leitura…
Temos portanto neste disco os quatro ( e não três) Lieder que escrevi sobre textos de um grande poeta que o grande público ainda não conhece tanto como seria justo e importante para
a valorização do património cultural português.
António Victorino D’Almeida – Fev, 2010
Ângela Silva (Soprano)
Nasceu em Lagos, Portugal.
Em 2006, frequentou um curso de Ópera, sob a orientação de Margo Gibbs em Londres. Estudou também a nível particular com Jennifer Smith e Jeffrey Talbot.
No domínio da ópera e oratória , encarnou os papéis de “Anjo Gabriel” em A Criação de Haydn (Estoril, Oeiras, Abr 2009); “Nossa Senhora”, em Fátima, Sinal de Esperança para a Humanidade de A. Cartageno (obra composta para a inauguração da Igreja Santíssima Trindade, Fátima, em Out 2007, com subsequente digressão pelo país em 2007/08); “Lauretta”/”Gherardino”, em Gianni Schicchi de Puccini (Londres, Jul 2006); “Primeira Bruxa”, em Dido and Aeneas de Purcell (Londres, Jul 2006); “Condessa”, em As Bodas de Figaro de Mozart (Londres, Mar/Abr 2006); “Pamina”, em A Flauta Mágica de Mozart (Londres, Fev 2006); “Ninfa”, em Orfeo, de Monteverdi ( Londres, Jul 2005); “Caíno”, em La Morte de Abel, Avondano (Lisboa, Alcobaça 2001/02); “Cientista”, em O Corvo Branco, Philip Glass (Lisboa,1998).
Apresentou-se, também, em excertos das óperas de Così fan tutte, Die Fledermaus, Semiramide, Der Rosenkavalier, Magic Flute, Mitridate, La Rondine, Roméo et Juliette, no Reino Unido, Espanha e Portugal.
Sob a direcção do compositor A.Cartageno, para além da Oratória acima referida, interpretou diversas obras (próprias e alheias), com relevo para Ave Maria, para soprano solo e coro, de Bartolucci, em Roma, gravada ao vivo para CD, em 2003. Apresenta-se regularmente como solista com coros portugueses e com orquestras portuguesas tais como \"Sinfonietta de Lisboa\", \"Orquestra Filarmonia das Beiras\", \"Capela Real\", “Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras”, “Orquestra Metropolitana de Lisboa”, entre outras.
Foi convidada pelo maestro Chris Foreman, em eventos que tiveram lugar em Shernhall Methodist Church, Notting Hill Church Methodist Church, em Londres (2005/06) e em 2005, participou no Festival \"Création recréation\",interpretando a obra L’Abbé Agathon, de Arvo Pärt, para soprano solo e octeto de cellos, em L’Abbaye Royale, em França.
A sua experiência em recital e música de câmara é igualmente alargada,tendo actuado em espaços tais como St Alfege Church, Southwark Cathedral, St John’s Church, Page Centre Church, Regent Hall, Blackheath Halls, Royal Chapel, Lauderdale House em Londres, Espanha e Portugal.
Com outros agrupamentos, como cantora solista, tem actuado por Portugal (com destaque para Aula Magna, CCB, Tivoli, Torre de Belém, Coliseu dos Recreios, Rivoli,etc.), Espanha (com destaque para o Foyer do Teatro do Liceu de Barcelona), Itália, Inglaterra (com destaque para o Barbican Hall), Grécia, Bélgica e Coreia.
Tem interpretado, como cantora solista, obras de diversos compositores, na Antena 1, Antena 2, SIC, RTP e Rádio Renascença.
Em Maio de 2006, foi, no âmbito do North London Festival of Music and Drama, em Londres, premiada com o Troféu do Festival na classe de Canto, 1º Prémio na classe de Ópera, 1º Prémio na classe de Opereta e 2º Prémio na classe de Oratória.
Na edição de 2007 do mesmo festival, foi-lhe atribuído o “The pearl Butcher Cup”, o “Premier Challenge Cup” (no qual apresentou obras dos compositores portugueses Armando José Fernandes e Francisco Ávila), bem como o 1º Prémio na classe de Oratória, o 1º Prémio na classe de Canção Inglesa, o 2º Prémio na classe de Ópera e o 2º Prémio na classe de Lieder/melodie.
Actualmente é Professora de Canto no Conservatório de Cascais e na Escola de Teatro In Impetus.
Paulo Guerreiro (trompa)
Licenciado em Trompa pela ESART, ocupa actualmente a posição de primeiro Trompa(Coordenador de Naipe) da Orquestra Sinfónica Portuguesa e é membro da Orquestra Barroca Divino Sospiro . Estudou com os Professores António Costa e Jonathan Luxton na Escola de Música do Conservatório Nacional e na Escola Superior de Música respectivamente . Em 1990 foi membro efectivo da Orquestra de Jovens da Comunidade Europeia.
Master Classe de Trompa, em Castelo Branco na Escola Superior de Artes Aplicadas em Março de 2009, na Escola Profissional de Artes da Beira interior (Covilhã) Maio 2009 e no primeiro congresso de Trompas realizado na Casa da Música no Porto 2008.
Actualmente lecciona Trompa e Música de Câmara na Licenciatura em Música do Instituto Jean Piaget em Almada e na Escola Superior de Artes em Castelo Branco (ESART).
Apresentações como Solista:
Orquestra Sinfónica Juvenil – 1987 - Concerto nº 1 W.A.Mozart;1989 - Concerto nº 3 W.A.Mozart; Orquestra de Câmara de Loures – 1994 – Concerto para duas Trompas de António Vivaldi; Orquestra Sinfónica Portuguesa –1996 -Sinfonia Concertante W.A.Mozart; Orquestra Sinfonietta de Lisboa – 1997 - Concerto nº 4 W.A.Mozart; 1999 - Sonata para Trompa e Piano 1939 – Paul Hindemith acompanhado pelo Pianista - Maestro João Paulo Santos; 2001- Recital em directo para Antena 2 com obras de Hindemith, C.S. Säens, R. Strauss e E. Bozza - Acompanhado pelo Pianista Francisco Sassetti; 2006 – Primeiro Trompa Solista com a Orquestra Sinfónica Portuguesa onde tocou em 8 espectáculos a 5ª Sinfonia de Mahler com a parte de Solista Obligato; 2007 – Concerto nº 3 de Mozart em Trompa Natural com a Orquestra Barroca Divino Sospiro nos dias da Música - Grande Auditório CCB; 2008 – Primeiro Trompa na Produção de Ópera Siegfried de Richard Wagner, no Teatro Nacional de São Carlos onde tocou “Siegfried Horn Call” em 8 espectáculos; 2009 - Serenade de B. Britten para Trompa, Tenor e Orquestra – Orquestra Sinfónica Potuguesa (TNSC), Tenor Carlos Guilherme; 2009 – Sinfonia Concertante de W. A. Mozart com a Orquestra Barroca Divino Sospiro no Grande Auditório do CCB nos dias da Música
Francisco Sassetti (piano)
Natural de Lisboa, iniciou os seus estudos musicais com Maria Fernanda Costa.
Iniciou a carreira de concertista no Teatro de S.Luis em Lisboa, em 1988, e desde então tem-se apresentado a solo ou integrado em grupos de música de câmara. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian e da Universidade de Cincinnati. Foi ainda premiado no 1º Concurso da Juventude musical Portuguesa (1988) e gravou para a rádio clássica de Cincinnati (1995).
Nos últimos anos tem trabalhado com alguns dos melhores cantores nacionais tais como Elsa Saque, Carlos Guilherme, Teresa Cardoso de Meneses, Sandra Medeiros, Ana Ester Neves, Luís Rodrigues e Isabel Alcobia. Gravou com a cantora alemã Ute Lemper para o filme francês Aurelien, e apresentou-se em Hamburgo num recital de fado com a cantora Anabela.
Apresentou-se ainda em França, na Bélgica(Europália), em Espanha e no Uruguai.
Trabalhou com os maestros João Paulo Santos, Paulo Lourenço, Jorge Alves, José Robert, António Lourenço e Vasco Azevedo. Na qualidade de musico - actor trabalhou ainda sob a direcção dos encenadores Paulo Matos, Paulo Lages e João de Melo Alvim.
Paralelamente à carreira de Intérprete, tem-se destacado como professor de piano. Neste sentido alguns jovens pianistas que passaram pelas suas mãos foram premiados em concursos nacionais e integram agora as Escolas Superiores de música Portuguesas. Leccionou na Escola Leal da Câmara e na Escola Profissional de Música de Almada. Desde 1997 integra o corpo docente da Escola Superior de Música de Lisboa, como pianista acompanhador das classes de canto, é ainda acompanhador na ANSO (Academia Nacional Superior de Orquestra) e na Escola Profissional de Música da Orquestra Metropolitana de Lisboa.
Concluíu o Curso Geral de Piano do Conservatório Nacional de Lisboa na classe de piano de Dinorah Leitão, e a Escola Superior de Música de Lisboa, na classe da pianista Tânia Acho. Ingressou no College Conservatory of Music da Universidade de Cincinnati (EUA) onde obteve, em 1995, o Mestrado em Piano Performance na classe de Eugene Pridonoff.
Com a Orquestra Barroca Divino Sospiro tem feito inúmeros concertos no País e estrangeiro, em festivais importantes como a Festa da Música no Japão em 2006, Festa da Música em Lisboa, Festival de Música antiga em Ambronay, Festival Internacional de Música de Mafra, entre outros. Com este agrupamento conta já com a participação em gravações de 2 CD´s.
É membro do Quinteto Flamen , com o qual já participou em diversos concertos pelo País e no Festival Internacional de Música de Macau e membro da Orchestrutópica.
Frequentou o Conservatório Regional do Baixo Alentejo, acabando por se licenciar em Canto, na Escola Superior de Música, em Lisboa, em 2002.
Era um homem com uma extrema sensibilidade para a música, um profundo conhecedor do repertório musical, e a sua poesia - abordando directamente, nalguns casos, obras de grandes compositores, como seja o caso do “Octeto” de Schubert… - reveste-se ela mesma de uma rítmica e de uma linguagem expressiva que a tornam particularmente musicável…
Como concertista, desenvolveu uma intensa carreira internacional, cotando-se entre os melhores pianistas Portugueses do seu tempo, mas reduziu inevitavelmente essa actividade a partir do momento em que aceitou o posto de Adido Cultural em Viena.
Na curta introdução que precede a entrada do Soprano, a Trompa expõe um tema baseado na inversão da melodia, enquanto que o acompanhamento do piano prenuncia já o tipo de harmonização que irá aparecer depois da entrada da Voz.
Estuda no Instituto Gregoriano de Lisboa e na Escola Superior de Música de Lisboa (ESML) onde obtém em 1989 o Bacharelato em Composição, estudando nomeadamente com Christopher Bochmann e Constança Capdeville. Entre 1990 e 1992 é Assistente na ESML de várias cadeiras do Curso de Composição; entre 1995 e 1998, Professor de Análise e Técnicas de Composição no Conservatório Nacional, e entre 1995 e 2002, Professor de Análise e Orquestração na Academia Superior de Orquestra (Orquestra Metropolitana de Lisboa). É Professor de Orquestra, Direcção Coral, Coro, Técnicas de Composição, Análise Musical e Harmonia na ESML desde 1998.
a olhava quando correndo, a chuva ia com ela.
Fala-nos de nossa mãe e da mãe de Deus, ligando-nos à “Mãe Natureza”, à imensidão da planície alentejana que recolhe, protege e abraça serenamente, o viajante que nela se aventura.
como a Fundação Liga Portuguesa dos Deficientes Motores. Em 1993 iniciou os seus estudos musicais com Eurico Carrapatoso na Academia de Amadores de Música. Em
Nestas cinco canções, todas elas de uma grande simplicidade, mas também de uma enorme riqueza melódica, podemos encontrar várias características diferentes da música de Rebelo Neves: desde a tristeza de “Partindo-se”, até ao carácter pastoral de “Ecos da Serra” (pastoral, mas de grande exigência vocal para o soprano que deve possuir um registo agudo doce e flexível por forma a executar as passagens climáticas sem perder esse carácter), passando pela melancolia de “À Luz dos Olhos Teus” (com o seu carácter de valsa lenta) ou ainda pela doçura de “Embalando um Coração” e “Cantiga de Embalar” (esta última com a dedicatória do compositor “À minha neta Maria Emília”, minha mãe).
Trata-se de um conjunto de harmonizações de melodias açorianas (umas mais célebres, outras menos), que foi escrito em 1998 e estreado no contexto da Expo 98 por Ana Ferraz (soprano), Gabriela Canavilhas (piano) e António Costa (piano).
É licenciado em História pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.
de José Carlos Gonzalez:
15. Salvaterra me desterra (sop+pn) 02’35’’
13. Nossa Senhora das Neves (sop+cor+pn) 03’21’’
9. Partindo-se (João Roiz Castel-Branco) (sop+pn) 01’38’’
Realizou ainda estudos com Olga Prats, Marie Antoinette Levécque de Freitas Branco, Franck Weinstock, Sequeira Costa, Dmitri Papemo e Olivier Jacquon.
Gravou também com a Orquestra Barroca Músicos do Tejo 1 CD com áreas de ópera. Gravou recentemente um CD em Trio com a Soprano Ângela Silva e o Pianista Francisco Sassetti, com obras de Compositores Portugueses.
Leccionou as classes de Trompa e Música de Câmara na Escola Profissional de Música de Almada, onde foi coordenador dos Cursos de Instrumento, Música de Câmara e Música e Novas Tecnologias . Ministrou as classes de Trompa e Música de Câmara durante 5 anos nos Cursos de Música de Loures, tendo também juntamente com os restantes elementos do naipe de Trompas da O.S.P., numa iniciativa inédita entre nós feito uma Master Classe na Escola Profissional de Música de Almada onde se trabalharam todos os instrumentos da família da Trompa,” Trompa Natural, Tuba Wagneriana e Trompa de Harmonia”.
Entre 2003/05, frequentou o Trinity College of Music, em Londres, fazendo uma pós-graduação e uma pós-graduação avançada em Canto, estudando com John Wakefield, entre outros, beneficiando de duas bolsas de estudo, oferecidas por essa Instituição, nos dois referidos anos de aprendizagem.
Lamentavelmente, o tempo não deu para que eu pudesse produzir mais Lieder sobre textos deste autor, simultaneamente um grande amigo pessoal, existindo apenas estes que aqui se apresentam…
A sua principal actividade é todavia a composição, sendo sem dúvida um dos compositores portugueses que mais obra produziu, desde a música a solo, para piano e outros instrumentos, à música de câmara, à música sinfónica e coral-sinfónica, ao Lied ou à ópera, além de muita música para cinema ou para teatro, tendo recebido o elogio expresso de figuras com a importância de um Hans Swarowski, de um Godfried von Einem, de um João de Freitas Branco ou de um Dimitri Schostakovitch.
Funda em 1985 o Coro de Câmara Syntagma Musicum, coro com o qual conquista em 1988 o 1º Prémio no concurso Novos Valores da Cultura na área de Música Coral, o que lhe concede o direito à gravação de um C.D. intitulado \"Música Coral do Século XX\". Nesse mesmo ano conquista uma Menção Honrosa no Concurso Novos Valores da Cultura na área de Composição (Música Erudita) com a obra “3 Pantoneças in Memoriam Alban Berg”. Em 1992 funda a Orquestra da Juventude Musical Portuguesa da qual foi Maestro Titular e Director Musical até 1995. É desde 1995 Maestro Titular e Director Musical da Sinfonietta de Lisboa, orquestra com a qual tem realizado estreias absolutas de obras de Eurico Carrapatoso, Sérgio Azevedo, Carlos Fernandes e Ivan Moody entre outros. Tem dirigido, na qualidade de Maestro Convidado, as Orquestras Sinfónica Portuguesa, Metropolitana de Lisboa, Nacional do Porto, Filarmonia das Beiras, Orquestra do Algarve, Orquestra da Escola Profissional de Música de Viana do Castelo, Orquestra da Artave, Sinfónica Juvenil e Orquestra Portuguesa das Escolas de Música. Dirigiu com a Companhia Nacional de Bailado a estreia absoluta de “Dançares” de Lopes-Graça e a estreia em Portugal de “Agon” de Stravinsky . Em Fevereiro de 1999, a convite do Teatro Nacional de S. Carlos, dirigiu a Ópera “La Borghesina” do compositor português Augusto Machado, obra que não era apresentada ao público desde a sua estreia em 1909. Foi juri do III° e VIº Concursos de Interpretação do Estoril (1996 e 2002).
1997, estuda composição com António Pinho Vargas e Christopher Bochmann na Escola Superior de Música de Lisboa. De 2005 a 2008 frequenta com Christopher Bochmann o mestrado em Composição que conclui com a mais alta classificação.
Está dedicado às vítimas do sismo de 9 de Julho de 1998, particularmente intenso na ilha do Faial.
Iniciou os seus estudos musicais em 1985, tendo sido sucessivamente aluno de composição de José Luís Borges Coelho, Fernando Lapa, Cândido Lima e Constança Capdeville. Concluiu em 1993 o Curso Superior de Composição no Conservatório Nacional de Lisboa com Jorge Peixinho.
17. Por vezes uma nuvem (sop+cor+pn) 01’28’’
(melodia popular de S. Miguel - Açores)
14. Gabriela (sop+cor+pn) 01’44’’
10. Cantiga de embalar (António Botto) (sop+pn) 01’51’’
Ref.: NUM 1197
Ref.: NUM 1197
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