terça-feira, 3 de maio de 2011

Concerto for Tuba and Orchestra Concerto for Oboé and String Orchestra - Divertimento for Orchestra

I-Tunes:

Sérgio Carolino – tuba



No seu todo, esta gravação proporciona ao ouvinte a oportunidade de explorar os mais recentes mundos musicais do compositor, por vezes serenos outras vezes divertidos, para além de providenciar um excelente retrato do trabalho orquestral desenvolvido no país. 



Informação detalhada:


CONCERTO PARA TUBA E ORQUESTRA
CONCERTO PARA OBOÉ E ORQUESTRA DE CORDAS
DIVERTIMENTO PARA ORQUESTRA






2 – Lento
3 – Allegro Assai



5 – Andante
6 – Presto






O contraste entre a Tuba e o Oboé é flagrante – e não foi por acaso que escolhi para este disco, os meus Concertos para dois instrumentos, dois timbres e duas formas de espressão Sonora que sempre me fascinaram muito especialmente.
A ideia de Concerto associa-se automaticamente à ideia de solista, à exaltação das potencialidades de um instrumento, ao brilho de efeitos que até já poderão entrar por certos terrenos do malabarismo.
Ora, nada disto é óbvio no discurso estético e musical habitualmente atribuído à Tuba, conquanto aquilo que um artista como Sérgio Carolino consegue extrair do seu instrumento seja algo de transcendente em termos de virtuosismo.
E é evidente que, ao escrever a obra para um tal solista, eu tive tudo isso em conta…
Contudo, nem por isso me afastei da ideia de que o carácter mais autêntico da Tuba assenta na suas generosa capacidade de valorizar o conjunto.
Na composição do Concerto para Oboé e orquestra de cordas, também tive em conta as prodigiosas capacidades técnicas e expressivas do Pedro Ribeiro, a quem a peça é igualmente dedicada.
E neste caso, o auditor confrontar-se-á com a linguagem de um instrumento particularmente dominador que assume do princípio ao fim as responsabilidades dos discurso.
Assim, no Concerto de Tuba, a orquestração é particularmente carregada, salientando-se aqui e além, a sonoridade de um saxofone, escolhida não por acaso, pois é um instrumento naturalmente expansivo – quase exibicionista na sua procura Sonora…-, que estabelece um permanente contraste com o carácter nobre e quase sempre discreto da Tuba, mesmo quando esta efectua passagens de uma dificuldade técnica já nas raias do inimaginável…
Pelo contrario, o Oboé comanda praticamente sempre a mensagem musical da obra, o que me levou a considerar que a extraordinária flexibilidade do quinteto de cordas, aliada à natural expansividade do instrumento solista bastariam para conferir à partitura um sinfonismo que não ficará muito aquém daquele que caracteriza o Concerto de Tuba.
Por outro lado, procurei contrabalançar a natural sobriedade e discrição expressive da Tuba com uma linguagem musical particularmente colorida, sem temer qualquer assumida aproximação, aqui e além, à atmosfera estética da música de cinema ou mesmo do musical.
Contrariamente, obedecendo a um certo princípio das compensações, a linguagem estética do Concerto de Oboé tem características muito mais clássicas ou mesmo mais severas.
De facto, nunca sera demais insistir em que, a despeito de levar muito em conta a importância da crítica e de compor iniludivelmente para um público que me irá julgar – sendo de todo contrario aos critérios daqueles que dizem escrever “para si próprios”… - nem por isso deixo de fazer sempre aquilo que eu quero, e só aquilo que eu quero, por achar que também sera o que mais se ajusta às circunstâncias do momento e à filosofia da obra.
É esse o espírito que preside, muito naturalmente, ao “Divertimento”, que me foi encomendado por Miguel Graça Moura para a Orquestra Metropolitana, que ele acabara de criar e desenvolver.
A própria expressão divertimento sugere uma quase total liberdade de acção criativa, uma forma de o compositor poder brincar, aceite-se a expressão, com a multiplicidade dos sons, dos timbres e consequentes atmosferas emocionais obtidas com uma orquestra.
Mas, tal como acontece naquela época da nossa vida em que somos efectivamente mais autênticos, brincar é algo que se leva muito a sério.”




Ref.: NUM_1178



António Victorino D’Almeida

“A Tuba é um instrumento com uma sonoridade poderosa, mas jamais estridente, do mesmo modo que também não pussiu um timbre que se possa considerar perfurante, como é o caso muito específico do Oboé. Assim, a Tuba possui características que fortalecem e dão amplitude ao tutti da orquestra, mas sem que tal implique uma tendência natural para sobressair.

7 – DIVERTIMENTO PARA ORQUESTRA

CONCERTO PARA OBOÉ E ORQUESTRA DE CORDAS

CONCERTO PARA TUBA E ORQUESTRA

Sérgio Carolino – tuba

ANTÓNIO VICTORINO D’ALMEIDA

Este CD é o primeiro registo discográfico de dois Concertos muito diferentes de António Victorino d’ Almeida: O Concerto para Tuba, interpretado pela Orquestra Nacional do Porto com o solista Sérgio Carolino e o Concerto para Oboé e Cordas, com Pedro Ribeiro no Oboé, acompanhado pela Orquestra do Algarve. 

Pedro Ribeiro – oboé

De facto, a Tuba serve na maioria dos casos para valorizar, mas só raramente se valoriza a si própria, muito ao contrario so Oboé, que é um instrumento especialmente vocacionado para apresentar e tornar perceptível qualquer passagem melódica.

4 – Allegro Vivace

1 – Allegro Assai

Pedro Ribeiro – oboe

O disco fecha com mais uma obra de Victorino D’Almeida, que ainda não tinha sido gravada: o vigoroso Divertimento para orquestra de cordas, encomenda da Orquestra Metropolitana (interpretada nesta edição pela Brückner Orchester Linz). 

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